Finalmente chegamos ao final de 2021, e sempre quando chega essa época do ano, estamos em um processo de fazer o balanço do que foi feito até o momento, para planejarmos o que será feito no ano seguinte.
No empreendedorismo, sabemos que para o bom funcionamento de um negócio é preciso planejar previamente as ações, porém, tamanha foi minha surpresa, ao colocar uma pesquisa nas redes sociais recentemente, perguntando se os empreendedores haviam feito o planejamento para 2022, e a maioria esmagadora disse que não fez.
Agora me pergunto: qual é a expectativa para o próximo ano, para que os empreendedores não queiram pensar no futuro? Estão pessimistas? Ou sempre agiram dessa maneira e preferem deixar as coisas acontecerem “naturalmente”?
Em meados de 2004, quando entrei no curso de administração, a regra era que todo o planejamento estratégico de um negócio, deveria considerar ao menos cinco anos para frente, no entanto, com o passar do tempo, houve mudanças significativas no mercado e comportamento das pessoas, que forçou o empreendedor a pensar também em curto prazo, mas, para ambos os casos, estamos falando de futuro aqui.
Apesar desse mundo idealizado sobre empreendedorismo em relação ao planejamento, podemos dizer que grande parte dos empreendedores, estavam acostumados a viver um dia de cada vez, bem no estilo carpe diem de ser. Obviamente isso trouxe consequências tanto positivas quanto negativas. Positivas para aqueles que ousaram, se arriscaram e conseguiram obter bons resultados, mesmo vivendo perigosamente. E, negativas para vários que não planejaram, pegos de “surpresa” pelas mudanças drásticas do mercado.
Contudo, quando trago essa reflexão sobre a necessidade de falarmos de futuro, estou pensando na maioria dos empreendedores que conheci, que tiveram consequências negativas por não olharem para o amanhã.
Sei que o amanhã pode nos gerar ansiedade, insônia e insegurança, mas se agirmos no escuro, teremos essas mesmas sensações e ainda, danos irreversíveis para o negócio.
Não estamos vivendo em um dos melhores cenários do mercado, mas isso não pode ser um empecilho para planejarmos, ao contrário, este deve ser nosso maior propulsor.
Em alguns clientes da consultoria, fizemos mudanças significativas em relação ao planejamento futuro, independentemente se o cenário melhorar ou não, adotamos tais medidas como “padrão”. Ou seja, esses empreendedores adotaram o planejamento futuro, como rotina.
No início não foi fácil para eles, pois alguns estavam acostumados a agir por instinto e sim, admiro estes que agiram por instinto, com as ferramentas que tinham em mãos e com muito amor no coração, porém, isso foi e não é o suficiente, para o crescimento e manutenção do negócio.
Hoje eles compreendem a necessidade de estruturar estrategicamente seus negócios, com um alicerce sólido, na tentativa de passar por situações adversas com maior segurança.
Diante dessa nossa conversa, quero lhe propor um exercício, com algumas perguntas para responder internamente (ou no papel), e comece a desenhar seu planejamento para 2022:
- Qual sua expectativa de faturamento para 2022?
- Quais produtos e serviços serão descontinuados?
- Quais produtos e serviços serão lançados?
- Quando será feita a atualização do preço de venda?
- Quais serão seus parceiros de negócio?
- Como será a sua agenda para 2022?
- Quais ações de venda serão feitas?
- Quais estratégias adotará para o crescimento do seu negócio?
- Quais cursos ou estudos pretende fazer relacionados à sua área de atuação?
Acredito que com essas perguntas, você conseguirá desenrolar seu planejamento para o próximo ano, acrescentando itens importantes para você e o seu negócio.
Mão na Roda 