Coisa boa é poder se conectar com outras pessoas.

Por mais que digam que devemos ser independentes, a verdade é que somos seres interdependentes, não há como viver em sociedade, sem nos conectarmos com o outro, quer queira ou não, estamos totalmente ligados ao todo.

Na base, sem percebermos, dependemos do outro o tempo todo. Para que um alimento chegue na mesa, alguém colheu, cuidou, transportou, posicionou no supermercado, passou pelo caixa e somente então, entrou em nosso lar.

Isso acontece para tudo, absolutamente tudo. Estamos totalmente conectados.

Quando falo da conexão no empreendedorismo, não falo daquele networking comercial, em que devemos trocar cartões, ter metas de pessoas apresentadas e um ambiente frio, distante e concorrido.

Falo de conexões genuínas. 

Em todos os momentos da minha carreira, criei conexões, desde a época de busca de estágio, até agora, quando lanço um novo curso.

Me conectei com tantas pessoas incríveis, que somaram em minha vida, com aprendizados, experiências, indicações e propostas, que se fosse para citar nomes, deixaria alguém de fora e isso não seria justo.

Um exemplo que tenho para ilustrar esta minha reflexão sobre a necessidade de criarmos conexões verdadeiras, foi o grupo de amigos que fiz no último ano.

Quando eu, geminiana que sou, que fala pelos cotovelos, adora abraços demorados, cafés cheios de risadas escandalosas, me vi 100% em um mundo virtual em 2020, sem calor humano, me desesperei.

No início, parecia que eu ia tirar de letra, pois acreditava ser algo passageiro, que em duas semanas tudo voltaria ser como antes, mas a novidade acabou e comecei a sentir uma grande solidão.

As reuniões começaram a ser virtuais e por mais que eu fizesse meu café do lado de cá, arrumasse todo o ambiente para parecer que estava lá com a outra pessoa, a verdade é que não estava. Onde estavam os abraços?

Foi quando, seguindo um grupo pelo Instagram, a Transcriativa, vi o lançamento de um curso para ajudar a desbloquear a criatividade, que naquela altura, em meio ao caos, estava guardada em alguma gaveta, difícil de acessar.

O curso se chamava “desperte seu borogodó” e seria facilitado pela Bela Guerra. Havia mais de 100 pessoas inscritas, e diariamente, por 21 dias, a Bela trazia reflexões, estudos, desafios e exercícios no grupo do Telegram.

Nascia ali uma relação diferente, como se nos conhecêssemos a vida toda. Em meio à tanta gente que participava do curso, outro grupo nasceu, com Fábio, Alexandre (in memoriam), Bela, Maiara, Pâmela e eu. Até agora, nos falamos todas as semanas e sentimos saudades de tudo o que ainda não vivemos.

Um grupo diverso, formado por administradores, psicóloga, TI, engenheira, RH…, houve tantas trocas. Vale dizer, que além de tudo, as idades são completamente diferentes, assim como o estado em que cada um vive. Pará, Ceará, Santa Catarina, Paraná e São Paulo, sinto que pensamos de maneira parecida, mas outras vezes, percebo que vemos o mundo de maneira totalmente distinta.

Tivemos encontros virtuais, parcerias de trabalho, criação de cursos e muita risada.

Nossa conexão fortalece a minha crença, de que precisamos um do outro para seguirmos adiante. Foi com eles que compartilhei primeiro, a notícia que entraria para uma nova graduação, inspirada pela coragem da Maiara, que também ingressa agora em uma nova jornada.

Estamos ali, um torcendo pelo outro, do nosso jeito, no nosso tempo, sem julgamentos e sei que posso contar com eles, assim como podem contar comigo.

Este grupo de “networking” não segue padrões e modelos do mercado, ele apenas existe e vive em nós.

Agora, diante dessa exposição do meu exemplo de conexão te pergunto, como anda suas relações?

Você está aberto para novas experiências?

Está disposto a se doar e a receber?

Eu não consigo imaginar minha vida, seja ela empreendedora ou pessoal, sem essas conexões. Gosto de ser a geminiana que se conecta com todas as tribos e com não-tribos, pois é na diversidade que crio laços verdadeiros e aprendo muito mais que ensino.

É também de todas essas relações, que nascem as parcerias que tenho tanto orgulho.

Reveja suas conexões, perceba o que te motiva a entrar em grupos, e como você se comporta neles. Como você se doa?

Estas relações, devem fazer sentido primeiramente para você e não para atingir metas e gerar estatísticas.

Viva, sinta, conecte-se e esteja aberto para receber o que vem dessas conexões, deste “networking”.

Publicado por Elisangela Baptista

Ama viagens, lama, trilhas e outras aventuras. Consultora e mentora estratégica em negócios. Aspirante à Escritora. Educadora em Empreendedorismo. Palestrante. Atua na área desde 2004.

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2 comentários

  1. Eli, com esse texto, refleti a respeito da importância de nos conectarmos com pessoas com quem nos sintamos bem, e isso não significa que não haverá pensamentos, opiniões diferentes, divergências. Acho que a identificação, empatia, confiança ,cuidado com o outro, estar disposto a ensinar e a aprender,por exemplo, são elementos importantes nesse networking mais humano, e nas relações de uma maneira geral.

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