Somos reconhecidos como um dos povos mais criativos do mundo.

Talvez, tudo o que aconteceu aqui em nosso país, desde a “descoberta” dele, nos empurrou a desenvolver toda essa criatividade, que, na verdade, eu chamaria de resiliência em último grau.

Mas possa ser também, o fato de estarmos inseridos neste cenário cheio de vida, em um país tropical, diverso, formado por inúmeras culturas.

E qual relação tem a criatividade com o sonho de empreender? Tudo.

Não ignoro o fato de muitas pessoas empreenderem no Brasil, pela dor e não pelo amor. A dor de não encontrar um trabalho que remunere a todos de maneira justa.

No entanto, toda essa criatividade que temos, nos instiga constantemente a questionar tudo e a todos, e nos faz querer fazer algo diferente do que já existe.

Gosto de imaginar, que todo negócio partiu de um sonho, por mais que não seja um sonho de amor.

Prefiro pensar que atrás de cada negócio, ouve uma ânsia, uma espera gostosa, uma maneira de colocar em prática algo que estava guardado às sete chaves.

Apesar de não termos uma cultura de educação financeira, temos uma cultura empreendedora. Afinal, aqui é preciso literalmente se virar nos 30.

Com a escassez de recursos financeiros, imaginamos o tempo todo, como podemos manter a roda girando, sem ser preciso desembolsar uma grande quantia em dinheiro.

E é incrível, como vemos novas ideias nascendo diariamente. Algumas boas, outras nem tanto.

Confesso, que de onde vim, não existiam tantas pessoas que “sonhavam” em empreender, a grande maioria das pessoas que convivia, pensavam em suas carreiras em empresas no formato tradicional CLT ou em quem sabe, passar em algum concurso público que lhe pagavam bem.

Eu ali, era uma criança fora da curva, pois pensava nas mil possibilidades de negócios que poderia ter na vida adulta, porém, esses sonhos foram esfriando ao longo do tempo, porque o próprio curso que optei fazer, me levava a crer, que a melhor opção possível, era uma carreira em alguma multinacional.

De quando deixei de ter carteira assinada até agora, tanta coisa mudou.

Conheci tantos empreendedores, mais tantos que até perdi a conta, e muitos deles, alimentavam esse sonho de fazer algo que realmente amavam.

É comum para mim, atualmente, fazer contato com pessoas que trabalham em áreas completamente fora de suas formações acadêmicas, muitos deles inclusive, nunca trabalharam nessas áreas.

Outras, decidiram seguir outro rumo, após mudanças significativas em suas vidas, foram viver seus próprios sonhos.

O sonho de empreender garante o sucesso de um negócio? Não.

Aliás, é até para se tomar cuidado quando se faz aquilo que se sonha, que se ama, pois podemos não enxergar os sinais que o negócio apresenta todos os dias, como os números negativos que acreditamos não dizer nada; insistir em um produto ou serviço que não gera valor para outras pessoas; ou trabalhar em excesso e acreditar que não se trata de trabalho e sim, puro lazer.

Somente de sonho não viveremos, no entanto, é ele que nos move, ele que nos tira da cama todos os dias, mesmo nos dias mais difíceis em que gostaríamos de não ver ninguém. 

Não sei se você me conhece, mas se não conhece, vou dizer uma coisa que falam sobre mim, sou a pessoa que sempre te instigará a trazer os pés no chão, que por mais que eu sonhe e acredite, valorizo a ação e execução desses objetivos.

Então, mesmo que esteja aqui, falando com você sobre sonhos e ilusões, te inspirando a seguir o que seu coração mandar, vou insistir no fato de que é preciso realizar, pois, somente realizando você perceberá o quão grande pode ser a sua construção, você conseguirá colher frutos deste sonho, que parecia tão distante e irreal.

Dessas pessoas que foram viver de seus sonhos, poucos conseguiram tornar seus negócios financeiramente viáveis, por inúmeras razões, que não estou aqui para julgar, aliás, alguns desses motivos, não estão necessariamente, sob controle do empreendedor. Todavia, outras situações poderiam ser evitadas, se o sonho estivesse alinhado com planejamento e organização.

Tive cliente formada em Letras que se tornou crocheteira; formada em Economia e agora é professora de crochê; dentista que se aposentou e foi costurar; fisioterapeuta que quis lecionar; relações-públicas que montou uma escola virtual; arquiteta que passou a desenhar e pintar roupas e quadros; engenheira que elaborou um negócio de cunho social; da Tecnologia da Informação que foi para arte; assistente social que fora trabalhar com turismo internacional; enfim, pessoas com histórias interessantíssimas, que desejaram trabalhar em outras áreas, para poderem realizar seus sonhos.

Porém, o que todas tinham em comum, era a busca pela profissionalização de seus negócios, para que os sonhos não ficassem apenas na utopia, mas se tornassem realidades viáveis.

O que lhe digo é que sonhe, mergulhe nestes sonhos, depois volte para o presente e desenhe, reproduza esse sonho no papel, faça um mapa mental, organize seus pensamentos e monte um plano de ação, para você conseguir tirar esse sonho do imaginário e transformá-lo, na sua realidade.

Sonhar é empreender, é uma co-criação feita entre sua criatividade e imaginação, e empreender é sonhar em movimento, enquanto se vive.

Publicado por Elisangela Baptista

Ama viagens, lama, trilhas e outras aventuras. Consultora e mentora estratégica em negócios. Aspirante à Escritora. Educadora em Empreendedorismo. Palestrante. Atua na área desde 2004.

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