Por que você faz o que faz?

Acordar às sete horas da manhã, pensando na lista de tarefas do dia. Tomar banho, fazer um café e ligar o computador.

Ler os primeiros e-mails, responder às mensagens do WhatsApp e começar a produzir o que havia planejado para este dia.

Logo em seguida, chegam novos e-mails, são alguns boletos, aqueles que já esperava que fossem chegar, água, energia elétrica, aluguel e impostos. Coloca tudo na pasta de boletos, que deixa separada na caixa de entrada do e-mail, com outras faturas do cartão.

Foco, foco, foco, é tudo o que precisa agora, para continuar produzindo, mesmo com o medo de não conseguir quitar todas essas contas.

Uma ideia maravilhosa surge, no meio de um furacão, e, nessa altura, vem a esperança de fazer algo que realmente traga resultados.

Bingo! Era exatamente disso que precisava.

O almoço acaba atrasando, o chá da tarde que não vem, tudo porque está focada nessa nova ideia.

À noite o sono custa a chegar, porque a possibilidade de vender um novo projeto não lhe sai da cabeça.

No dia seguinte, a primeira venda acontece e vem um misto de alegria e tensão.

A primeira semana se passa, com a novidade trazendo vários bons resultados, logo os boletos começam a diminuir na caixa de entrada.

Mas, nos dias seguintes, as vendas diminuem, os boletos aumentam e angústia retorna.

Essa narrativa acima, parece um tanto fantasiosa para você? Pois, conheço vários empreendedores que se identificam, talvez não tão ao pé da letra, mas ainda assim, se veem, nessa montanha-russa.

Passar por estes medos e receios diariamente e mesmo assim, continuar empreendendo, pode até ser que tenha relação com a necessidade financeira, mas será mesmo, que é apenas por isso que você faz o que faz?

Apenas a motivação financeira, não seria capaz de manter a motivação diária necessária, para enfrentar tantos desafios.

Talvez, e digo, somente talvez, o que te mantém, resiliente todos os dias, seguindo com o seu negócio, mesmo sem a certeza de que tudo ficará bem, seja amar o que faz.

A cada dia que passa, vejo que as novas gerações, demonstram não dar tanta importância assim, para o valor financeiro recebido pelo seu trabalho, pois eles afirmam, que apenas o dinheiro, não pode os manter determinados a fazer o que fazem.

E aí, me pergunto, será que também, não temos um motivo maior para fazer o que fazemos?

Quando escrevi o livro “Doze Pessoas Que Você Deveria Conhecer”, me inspirei em histórias de pessoas reais, que amavam fazer o que faziam, empreender. Que não estavam motivadas apenas pelo dinheiro, mas estavam em busca da própria satisfação pessoal.

Por maiores que sejam os perrengues que enfrentam diariamente, eles mantêm suas lutas por compreenderem amarem seus trabalhos, pois tudo é uma mistura de negócios e vida pessoal; de trabalho e lazer; de hobby com negócio rentável.

E essas histórias ali relatadas, são apenas o resumo de tudo o que vejo acontecer na vida de cada empreendedor que surge em minha vida.

Como eupreendedores, dificilmente seremos focados apenas em obter lucros, afinal, se fosse apenas por isso, teríamos que desenvolver um olhar mais frio e calculista e dificilmente seguiríamos adiante, com os resultados financeiros que comumente se obtém. Negativos ou em baixa.

Afinal, é preciso amar o que faz e não é pouco.

Publicado por Elisangela Baptista

Ama viagens, lama, trilhas e outras aventuras. Consultora e mentora estratégica em negócios. Aspirante à Escritora. Educadora em Empreendedorismo. Palestrante. Atua na área desde 2004.

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