
Que música você ouve?
Que livro você lê?
Quais vídeos assiste?
Com quem você convive?
Quais podcasts estão aí na sua playlist?
Não existe resposta certa, para essas perguntas que acabo de fazer.
Todas elas, são apenas provocações, para te fazer refletir, sobre onde você cria repertório, para expandir seu olhar enquanto empreendedor.
Uma delícia é focarmos apenas naquilo que amamos e admiramos. Por aqui, adoro ouvir Clara Nunes, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Zeca Balero e Maria Rita. Assistir séries instigantes, filmes baseados em histórias reais e que me tragam um conteúdo que eu julgo de grande valor. Além de livros, que me ensinam sobre técnicas de empreendedorismo inovadoras.
A questão é que, várias vezes percebo, que estou presa demais na minha bolha e não expando.
Certa vez, ouvi da publicitária e professora Eliane El Badouy, que não podemos nos dar ao luxo, de nos prendermos apenas no que amamos. Se quisermos criar produtos ou soluções, que resolvem o problema de um número maior de pessoas, é preciso entender o que a maioria consome.
Então, quando ainda era “permitido”, ela andava de ônibus e metrô, para analisar o comportamento das pessoas, saber o que elas estavam discutindo, o que valorizavam e principalmente, o que estavam ouvindo e seguindo.
Aqui, a maneira que encontrei de sair da minha bolha, é conversando com pessoas que estão longe de ser meu público na consultoria ou nos cursos. Sigo pessoas nas redes sociais, de áreas completamente aleatórias. Assisto vídeos de stand up comedy no Youtube, de humoristas que além de me divertirem, também me trazem repertório, para entender o meu próprio público ou o público do meu cliente.
Gosto sim, de assistir filmes mais antigos, ou aqueles ditos “inteligentes”, o que é totalmente relativo, pois o que parece ser aceito por mim, como inteligente, pode não ser aceito por você e está tudo bem.
Mas o que realmente me mostra o que é de mais atual no mundo, é ver esses filmes adolescentes com gírias, roupas e ações da modinha. Ver as causas que esses adolescentes estão defendendo me fala muito mais do que está acontecendo no mundo real, do que qualquer outra coisa, afinal a arte imita a vida, ou será que a vida imita a arte?
O que quero te dizer com tudo isso, é que não importa para quem você vende, você precisa expandir seu olhar para conseguir entender, porque um produto não atendeu às expectativas em relação à venda. Será que ele realmente é o que as pessoas esperavam?
Sou uma fiel defensora da diferenciação nos negócios, porém, para garantir o sucesso de vendas de uma ideia, é preciso entender, o que o outro (cliente) aprecia em relação ao autêntico e exclusivo. O que ele realmente valoriza?
Agora, me diz, como você sai da sua bolha por aí?