
Você respondeu “É obvio que sou eu mesma” ou pensou que essa pergunta não faz sentido? Esse post vai te ajudar a entender por quê essa resposta não é tão simples assim e discutir sobre o que devemos pensar quando compartilhamos conteúdos online.
Hoje recebi uma mensagem da Elisângela (minha amigona e parceira numero um aqui no blog) compartilhando um artigo que falava sobre conteúdo digital e seus “perigos”. Segundo esse artigo, linkado no final desse post, 95% de toda a produção digital de 2020 será jogada no lixo.
Esse texto me fez pensar em algo que falo há MUITO tempo e que sempre é relevante, independente de qual rede social você usa no seu negócio. Quando falamos de Marketing de conteúdo online, estamos falando basicamente de blogs, mídias sociais e vídeos compartilhados e nesse sentido podemos dividir os “tipos” de mídias ou canais em quatro:
- Owned (mídia própria): seu site, seu blog e vídeos que você criou são exemplos de mídia própria. Você possui uma senha para fazer alterações, pode atualizar o conteúdo quando quiser, publicar coisas novas ou tirar o site do ar no momento em que decidir.
- Shared (mídia compartilhada): as famosas redes sociais pertencem a esse grupo de canal. Os posts que você compartilha no Instagram, os vídeos postados no Youtube e as famosas lives são exemplos de mídia compartilhada.
- Earned (mídia ganha): posts compartilhados por outras pessoas citando o seu negócio são exemplos de mídia ganha. Aqui você “ganhou” a menção de outra pessoa que vai direcionar o tráfego para a sua página, seja ela o seu site ou sua conta nas redes sociais.
- Paid (mídia paga): aqui moram todas as publicidades feitas online – investimentos no google, posts pagos, etc.
Hoje vamos focar na mídia compartilhada e suas complicações.
Você tirou a foto, gravou o video, montou o texto, e postou o conteúdo em uma plataforma que não é 100% gerenciada por você, já que apesar de ser capaz de alterar informações da sua conta você não é capaz de gerenciar todo o Instagram, ou tirar o site do ar. Isso é SUPER importante para ter presença digital, se conectar com o seu público e ter um relacionamento mais pessoal com a sua audiencia. O problema aqui é: Quem é o real dono da mídia? E ainda: como ter cuidado para não perder tudo o que você construiu?
A primeira pergunta eu já respondi ali em cima. Como mídias sociais são um canal compartilhado, os “donos” do seu conteúdo são você e a rede social que você está utilizando.
A segunda pergunta já nos leva a uma reflexão um pouquinho mais profunda, já que perder todo conteúdo que você levou meses – ou até anos – para produzir pode ter impactos gigantes no seu negócio. Essa possibilidade também não está muito distante da realidade, você provavelmente conhece alguém que já perdeu a conta de alguma rede por ter sido hackeada, que teve todos os depoimentos do orkut deletados ou não sabe nem onde procurar pelos posts do flogão/ flogger/ fotolog – alguém aí dessa época? 😅
Brincadeiras à parte, a verdade é que não sabemos até quando o Instagram vai existir, ou se o Youtube vai ser banido do Brasil no futuro e vamos perder TUDO o que está lá… Não estou aqui para te assustar, apenas para começar uma discussão sobre como é importante ter os seus documentos e conteúdos salvos em diferentes plataformas para não perdê-los de uma vez por todas – lembra da história de não colocar os todos os ovos na mesma cesta? É isso mesmo!
Minha dica é: sempre que você produzir um conteúdo (foto, vídeo ou texto) que seja postado em redes sociais, pense em como você irá armazenar esse conteúdo fora da rede social. Salve suas fotos, seus stories, suas legendas, tire prints da sua página de vez em quando, crie uma pasta no seu computador com legendas usadas, use e abuse do google photos para armazenar as suas images e SALVE o que você produziu nas redes sociais. Eu, Lara, acredito que não exista um formato ideal para isso – o que funcionar para você está valendo, mas SALVE. Não dependa da rede social que você está usando… SALVE… SALVE por si mesmo. Fui enfática o suficiente? 😅
Por último, e não menos importante nessa época de quarentena e chuva de lives, quando você fizer uma live PENSE no seu objetivo – o que você quer atingir com aquele vídeo? Quem é o seu público? Como essa live vai ser importante pro seu negócio? E PRINCIPALMENTE: de que forma você pode (adivinhou) SALVAR o seu conteúdo sem depender da plataforma em que ele está sendo compartilhado. Se for bem pensado e organizado, o conteúdo da live pode virar vídeo no Youtube, pauta pra posts no seu blog, conteúdo a ser compartilhado em email – são TANTAS as opções… Porém, se você depender só da rede social que você está utilizando, pode ser que esse vídeo que você fez com tanto carinho, coragem e dedicação dure só 24 horas… ou nem isso…
Se você chegou até aqui e ainda está curioso sobre o artigo que eu comentei no começo do post, ele chama “Conteúdo produzido durante a quarentena levanta debate sobre a longevidade da cultura digital” – olha aí eu ajudando o O Globo com uma mídia ganha.
E P.S. 2: peço desculpas por tantas palavra EM CAIXA ALTA. Juro que eu não estou brava nem gritando, se vc me conhece sabe que esse é só o meu jeito enfático de ser! haha ❤