
Há alguns dias, enquanto conversava com a Li sobre redes sociais e o empreendedorismo, surgiu o tópico de como apresentar preços online. Estávamos conversando sobre lojas online que apresentam (e tentam vender) seus produtos em plataformas como o Instagram e o Facebook e a maneira como elas normalmente abordam a questão do preço.
Já percebi em contas que vendem produtos em redes sociais que muitas vezes o empreendedor esconde seus preços a sete chaves. Talvez você não tenha notado isso ainda, mas sabe aquela conta que “só manda preços por direct”? Pede seu email pra enviar um orçamento? Te enrola por dias antes de te falar o preço do produto que você está interessado? Pois é, é disso que eu estou falando.
É claro que cada caso é diferente, mas pensa comigo: você entrou no Instagram da pessoa e encontrou uma caneca perfeita para dar de presente para aquela amiga que tem um senso de humor bem ácido. Você adorou a idéia, mas não encontrou preço na postagem, ou um link para um site de vendas, e pior – não recebeu resposta quando comentou na foto. Você continuaria insistindo na caneca, por mais perfeita que ela seja, ou partiria para a próxima e começaria a procurar alguma outra coisa? EU, com certeza ia partir para a opção B.
Eu entendo que se você trabalha com peças ultra personalizadas, que precisam de medidas, matéria prima e acabamentos bem específicos fica difícil passar o preço do seu produto de cara. Porém, apesar de todas as diferenças, o que percebo muitas vezes é que o empreendedor tem medo de passar o preço na internet. Por que? Medo de que?
- de um concorrente saber o quanto você cobra pelo seu produto?
- de seu cliente achar sua peça cara?
- de ser julgado pelo quanto cobra?
- de receber mensagens maldosas por conta do seu preço?
Gente, pensa comigo – quando você vai no shopping qual vitrine você prefere:
- A super elaborada sem preço nenhum. Você se sente obrigada a entrar na loja e ao mesmo tempo fica com medo do vendedor te empurrar o produto, ou ele estar fora do seu orçamento. No fim das contas, você nem entra na loja de receio.
- A prática, vitrine que te mostra o preço e te convida para dentro da loja. Que apresenta opções com características e valores diferentes, mas foi “sincera” com você desde o começo.
Eu não sei você, mas eu, Lara, tenho a minha preferência bem definida.
Pra finalizar, em Marketing Digital sempre pensamos em levar o cliente para “um nível abaixo do funil”. Isso significa, em poucas palavras, ajudar o cliente a alcançar o próximo passo do funil de vendas, e deixá-lo mais próximo da compra em si. Sempre que desenvolvemos conteúdo em redes sociais, email marketing ou qualquer outra forma de publicidade, nós tentamos fazer com que o cliente entre em nossa página e consiga efetuar a comprar com o menor número de cliques possível. Isso ajuda com que o processo de compra seja simples e o cliente não desista no meio do caminho.
Voltando para a história do “não disponibilizar preços”, quantos cliques a mais você está obrigando o seu cliente a dar? Quantas etapas desnecessárias você está adicionando ao seu funil de venda e, consequentemente, dando oportunidades para o seu cliente desistir do seu produto?
No fim das contas, “forçar” um contato com o cliente para passar preços pode demonstrar que você tem insegurança em relação ao seu preço e isso só prejudica o seu processo de venda. Comece pensando em quantos passos o seu cliente precisa dar entre conhecer o seu produto e finalizar a compra. Depois disso, procure definir quais desses pontos são desnecessários e podem estar prejudicando seu fechamento de vendas, você provavelmente irá perceber que seu processo pode ser mais simples.